Em mutirão, fazendeiro faz acordo e se compromete a pagar R$ 413 mil

De acordo com o TAC, o fazendeiro assumiu o compromisso de reparar o dano na esfera cível mediante o pagamento de indenização no valor de R$ 94 mil, divididos em duas parcelas iguais. A indenização pecuniária imposta para reparação dos danos ambientais cíveis será destinada ao custeio de projeto ambiental inscrito no Banco de Projetos e Entidades (Bapre) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
O compromissário irá pagar também R$ 319.743,84 à Sema-MT, em 12 parcelas mensais, a título de multa administrativa. Esse é o valor final, após ser aplicado o desconto legalmente previsto no Decreto Estadual nº 1.436/2022, de 60%. Os recursos serão investidos em melhorias em benefício do meio ambiente. Ainda conforme o TAC, o termo de embargo do imóvel permanecerá ativo até a apresentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado. Assim, a Sema-MT se comprometeu a promover a análise no prazo de 15 dias.
A audiência de conciliação foi presidida pela promotora de Justiça Ana Luiza Avila Peterlini de Souza, que acompanha o Mutirão da Conciliação Ambiental junto aos promotores Carlos Eduardo Silva, Joelson de Campos Maciel e Maria Fernanda Corrêa da Costa, designada para coordenar os trabalhos. A previsão é de que sejam realizadas 363 audiências até a próxima sexta-feira (04).
Relatório parcial do Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) Ambiental aponta que, até o momento, 94 processos foram concluídos, sendo 31 conciliados e 37 não conciliados. Em 26 deles não houve a audiência porque as partes não compareceram. Os TACs firmados resultarão na reposição florestal de 1.707,1893 hectares e na recuperação de 325,9849 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Áreas de Reserva Legal (ARL). Além disso, refletirão na recuperação de, aproximadamente, R$ 3,1 milhões pela Sema-MT e R$ 1,4 milhão pelo MPMT.
O Mutirão da Conciliação Ambiental é uma parceria do MPMT, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Polícia Judiciária Civil (PJC) e Tribunal de Justiça (TJMT), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).
Por : Ana Luiza Anache / Foto ilustrativa: Giselda Durigan.
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