Mato Grosso sofre com baixos índices de imunização, alerta Ministério Público

Aqui está uma versão revisada e ampliada do texto, mantendo o mesmo sentido, mas usando outras palavras:
A Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Cidadania, Consumidor, Direitos Humanos, Minorias, Segurança Alimentar e Estado Laico divulgou o terceiro ranking de monitoramento da cobertura vacinal realizado pelo projeto Vacinômetro. O objetivo desse acompanhamento é aumentar os índices de vacinação em crianças, adolescentes e idosos nos 42 municípios de Mato Grosso com as menores taxas de cobertura, que correspondem a 30% do estado.
Nesta última atualização, nove novos municípios mato-grossenses apareceram pela primeira vez na lista de baixa cobertura vacinal, enquanto 13 municípios deixaram o ranking da segunda para a terceira edição. Os recém-incluídos são: Reserva do Cabaçal, Nova Santa Helena, Nova Mutum, Santa Rita do Trivelato, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, Primavera do Leste, Ipiranga do Norte e Sorriso.
O ranking é elaborado por tipo de vacina e pode ser consultado por meio de um painel desenvolvido pelo Departamento de Planejamento e Gestão do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Além de fornecer informações aos promotores de Justiça para que possam atuar junto ao poder público local, o monitoramento também visa conscientizar a população sobre a eficácia das vacinas.
O procurador de Justiça titular da Especializada e coordenador do Vacinômetro, José Antônio Borges Pereira, explica que o MPMT acompanha a aplicação de 14 vacinas, destinadas a diferentes grupos, como menores de um ano, menores de dois anos, adolescentes e idosos. Essas vacinas incluem BCG, febre amarela, meningococo C, pentavalente, pneumocócica, poliomielite, rotavírus, hepatite A, tríplice viral, varicela, HPV feminino, HPV masculino, meningocócica ACWY e influenza.
Dos 78 municípios que estão no ranking desde o primeiro levantamento, em meados de 2023, estão incluídas cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Barra do Garças, Rondonópolis e Tangará da Serra. Outros 45 municípios flutuam no ranking, enquanto 19 ainda não foram mencionados.
O procurador José Antônio Borges Pereira afirmou que a Procuradoria está empenhada em combater a desinformação de que as vacinas são prejudiciais à saúde, uma visão negacionista que tem sido enfrentada desde o início da pandemia de Covid-19. Com esse levantamento, eles pretendem sensibilizar o poder público e a sociedade sobre a importância da imunização e promover a cultura da prevenção e valorização dos avanços da ciência.
No ano passado, a Procuradoria emitiu uma recomendação aos promotores de Justiça de Mato Grosso para que adotem medidas necessárias para intensificar a vacinação em regiões com baixos índices de imunização. Recentemente, um novo ofício foi enviado aos membros do MPMT reforçando a necessidade de ações nesse sentido.
As vacinas com menor cobertura no estado são o HPV feminino, HPV masculino e influenza. Dos 42 municípios com as taxas mais baixas, 29 têm cobertura inferior a 50% para o HPV feminino, 33 têm cobertura inferior a 50% para a influenza e todos os 42 municípios apresentam cobertura inferior a 50% para o HPV masculino.
Em resumo, o Ministério Público de Mato Grosso, por meio do projeto Vacinômetro, busca intensificar a vacinação e combater a desinformação sobre a importância das vacinas, atuando junto ao poder público e à sociedade para aumentar os índices de imunização, especialmente em relação às vacinas contra o HPV e a influenza.
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